Capítulo 3 (Narrado por Ariel)

Capítulo 3 – Aparição
Ela estava deitada em sua cama, coberta por lençóis brancos, com a cabeça debruçada em um travesseiro de algodão e plumas. Seu sono era leve, só se escutava o doce suspiro de que o sonho era belo.
_Stephenie. – Disse eu.
_Hã? – Seu corpo deu um baque mudo, e o suspiro se tornou um grito fino como um sino dos céus.
_Calma. Shh... – Disse eu tentando acalmá-la.
_Ariel? – Ela me estudou por um momento e me abraçou.
Não pude evitar meu amor por ela era tão forte que não me soltei.
_Aí, meu Deus! Quantas saudades de ti, Ariel. – Disse ela.
_Mas como? Hã? – Soltei-me de seus braços e tentei arrumar a bagunça em minha cabeça.
_Miguel deve ter apagado está lembrança. Filho da P... – Disse ela automaticamente.
Sentamos-nos em sua cama, e ela começou a explicar:
_Bom, nos céus nós éramos muito amigos e está amizade tornou-se um amor, puro e verdadeiro. Burlamos as regras da forma que podíamos, mas Miguel descobriu. Ele ia nos jogar no inferno, até o momento de meu protesto. “Não, Deus... Miguel torne-me humana. Deixe-o em paz. Deixe que ele continue um anjo.” Raphael por sua vez, intercedeu por nós. E deixou que você fosse meu anjo da guarda, e que eu ficasse como uma humana. - Ela fez uma pausa e prosseguiu. – Ele fez com que eu nascesse, e apagou sua memória.
_Nossa! Então como você consegue se lembrar de mim? – Perguntei.
_Aril, tende servir para alguma coisa. – Ela deu um sorriso sombrio.
_Como domou sua parte má? – Perguntei de boquiaberta.
_Com a ajuda de alguns humanos ocultistas. – Disse ela.
Uma ventania começou a destruir as coisas que estavam no quarto dela.
_Miguel! – Disse ela, estremecida.

Capítulo 2 (Narrado por Ariel)

Capítulo 2 – Festa mortuária.
Stephenie foi convidada para uma festa que teria na casa de uma garota chamada Melanie.
Melanie é regida pelo anjo contrário Leirei. Ele é o oposto do anjo Ieriel.
Acho que está festa não será boa coisa, lá será uma festa de pecados. Gula, luxúria, vaidade, íra e inveja. Bom, quem sou eu para contestar os humanos? Nós só os protegemos, nada mais do que isso. Mas Stephenie é especial.
Ela parece um anjo... Hm, a alma dela é pura demais. A essência que a alma dela transmite é tão bela, tão pura e tão profunda. Ela não chega perto de ser inocente, ela só é pura de coração.
Deus, o que eu estou falando? Eu não posso me apaixonar por ninguém. Tenho de me manter puro.
Enquanto eu falo sozinho, ela esta se arrumando para a maldita festa. Blusas e calças jogadas por todos os lados. Leira está aqui! Desgraçado. Quer despertar a vaidade na bela Stephenie.
_Saia daqui imediatamente Leira! – Disse eu com a voz em um volume alto o bastante para que quase quebrasse o espelho.
_Cale-se Ariel! – Disse ele com um sorriso nos lábios.
_Fora! – Disse eu jogando mandando ventos fortíssimos para que ele entendesse o aviso.
_Adeus, anjinho. Rá-rá-rá – Disse ele retirando-se do local.
Stephenie entrou em estado de choque por entender parcialmente o que havia acontecido. Coitadinha.
Zack veio busca-lá para levá-la aquela festa.
Chegando lá, viram adolescentes de 17, 18,19 anos de idade. Stephenie ficou meio assustada. Nunca tinha ido a um lugar como aquele, aquilo a deixava com um pé atrás.
_E aí gatinha, quer experimentar isso aqui? – O cara se aproximou meio chapado e ofereceu uma erva. Aquele cheiro. Argh! Drogas.
_Não! Afaste-se de mim. – Disse Stephenie, recusando.
_Calma. Curte um pouco a festa. – Ele começou a agarrá-la.
_Sai. Solte-me. Largue-me. – Disse ela e deu um soco em na face do rapaz.
_Perdoe-os pai, eles não sabem o que fazem. Perdoe-me pai, também não sei o que faço. – Disse eu.
_Volte aqui, vadia! – Gritou ele perseguindo Stephenie.
_Mais um passo e você morre! – Agarrei o pescoço dele, me expondo ao olhar humano dele.
Ela saiu correndo para o carro de Zack e começou a chorar.
_Calma bela Stephenie, ficará tudo bem. – Apareci para ela e disse isso. – Não posso mais falar com você, vá para casa. Zack já deu um jeitinho no rapaz que lhe agrediu.
Cinco penas se soltaram de minhas asas.
Ela ainda em estado de choque assentiu com a cabeça. Eu desapareci para ela, mas os outros anjos presentes no local me olharam com cara de desaprovação. Baixei a cabeça e segui Stephenie até a casa dela.
Quando ela chegou a sua casa, Uriel apareceu para mim.
_ O arcanjo Miguel quer falar com você, Ariel. O que você estava pensando? – Disse Uriel.
_Uriel... Eu só queria acalmá-la. - Disse eu ainda de cabeça baixa.
Subimos para o seu. “Lar doce lar”. Estremeci com a ideia.
_Chegamos Ariel. – Disse Uriel.
_Obrigada por tudo! – Respondi a ele.
_Espero que não se repita. – Ele deu dois tapinhas em meu ombro e retirou-se.
Miguel se aproximou e aquilo me deixou apavorado. Miguel é o arcanjo mais feroz, foi ele quem chutou Lúcifer para o inferno.
_De novo, Ariel? – Disse ele.
_Miguel... É que... – Eu disse, mas ele não me deixou terminar.
Ele pegou meu queixo, levantou minha cabeça e olhou em meus olhos azuis como água. É assim que nós anjos, descobrimos os pensamentos um dos outros.
_Ariel. Isso é pecado! – Disse ele incrédulo.
_Mas foi involuntário. – Respondi.
_Você sabe que não pode se apaixonar. – Disse ele.

Forbidden love (Narração de Ariel)

Capítulo 1 – Apresentação.
Meu nome é Ariel. Muitas pessoas me conhecem, mas pouquíssimas sabem sobre mim.
Hoje sou protetor de uma garota chamada Stephenie, ela tem 14 anos de idade. Ela é incrivelmente bela, inteligente, doce, sensível e muito engraçada. Tem poucos amigos, por ser muito estudiosa, não costuma ficar em grupinhos.
Algumas vezes, passa despercebida dentre as pessoas. E ela fica feliz quando isso acontece. Ela não é lá muito feliz. A mãe a trata como lixo e o pai, o único que a protegia, morreu em um acidente de carro.
Neste momento, estou a vendo fazer o dever de casa. Trata-se de explicar a evolução humana. Não posso dizer muita coisa, acompanhei cada passo a frente que os humanos deram para o futuro, e fracamente... É realmente interessante. Meu pai os fez com tanto carinho. Eles querem o futuro sem miséria e sem guerras, mas não fazem quase nada mudar isso no momento presente. Se bem que a morte fica muito feliz com isso.
São detalhes tão mínimos... Que nós anjos nunca saberemos como funciona. A mente humana é tão agressiva e sem espiritualidade. Mas, no entanto, eles são criaturas amorosas, que perdoam umas as outras, e fazem outras pessoas felizes. Creio que ás vezes, entrar em sua própria mente, mas no lugar mais distante que fique, é realmente assustador. Sua mente cria e relembra coisas que você já havia esquecido há muito tempo.
Stephenie é uma paranormal, uma médium. Ela se comunica com os espíritos, e tenta ser a pessoa mais natural possível. Todo no colégio dela a acham estranha menos o melhor amigo dela, o nome dele é Zack. Confio nele. Ele já me ajudou muitas vezes.
Nós anjos temos grandes limitações quanto aos nossos protegidos, e não são poucas estas limitações. A cada quebra de regra, nós perdemos uma pena de nossas asas. E francamente, já perdi muitas.
Zack já foi um anjo. Seu verdadeiro nome era Zacarias. Nós éramos amigos, mas ele quebrou uma regra, cometeu um pecado. Ele se apaixonou. Tudo bem, nós anjos não podemos amar. Nós fomos feitos para amar somente a Deus e lutar por nossos irmãos, no caso, anjos e humanos.
É proibido que um anjo comunique-se com seu protegido, é proibido que um anjo se apaixone por um humano, é proibido que um anjo interfira no destino de seu protegido, e mais um monte de regras que eu realmente detesto obedecer, que para mim é uma perda de tempo.
Ela percebe que estou presente a todo o momento e algumas vezes, quase consegue me ver. Eu sei que eu sou um anjo, que definitivamente não pode amar nada além de Deus, Cashiel vem me ajudando a entender como tudo funciona e que o apocalipse se aproxima. O que os anjos da criação querem, afinal? Como eu queria a cabeça de Leira em uma bandeja com bastante crucifixos. Leira é o oposto de mim, um demônio, é a outra parte de mim, a parte má.
Todo o anjo tem seu “anjo” contrário. Eles são a nossa parte do mau. Eu os odeio com todas as minhas forças.
Ela acabou e desligou as luzes. Deitou-se em sua cama.
Por hoje acabou meu trabalho.